#133 – Extensão universitária pra quê?

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Oxigênio

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A Extensão é um dos três pilares da universidade pública, ao lado do Ensino e da Pesquisa. Embora pouco divulgados, vários projetos de extensão são desenvolvidos todos os anos pelas instituições, estreitando as relações com comunidades vulneráveis, fortalecendo a formação em algumas áreas do conhecimento, promovendo troca de conhecimento entre o público acadêmico e pessoas, organizações, empresas que estão fora da universidade. A resolução do Ministério da Educação que estabeleceu que a partir de 2021 10% das atividades de graduação tenham que ser dedicadas à extensão universitária aumentou o interesse em saber o que é, para que serve e como se faz extensão. Neste episódio do Oxigênio, a Rebeca Crepaldi e o João Bortolazzo trazem algumas respostas e falam de experiências que podem servir de modelo. As entrevistas do programa foram feitas com a professora Maria Cristina Crispim, da Universidade Federal da Paraíba, a doutoranda Luana Viana, chefe da divisão de rádio da Universidade Federal de Ouro Preto, a Pró-reitora de Extensão, Cultura e Assuntos Comunitários, Maria Santana Milhomem e com a Vitória Feijó Macedo e com o João Gabriel Pimentel, que fazem parte da Empresa Júnior EPR Consultoria da Universidade Federal do Rio Grande do Sul.  _______________________ Roteiro Rebecca: João, você sabe qual é a contribuição da universidade pública para a sociedade?  João: Bom, até onde eu sei, na universidade pública os estudantes têm a oportunidade de adquirir conhecimento e sair capacitados para atuar em diversas profissões, das mais distintas áreas. Eles podem atuar em empresas, indústrias, hospitais, escolas, institutos de pesquisa, agências de comunicação… contribuindo de muitas formas para o desenvolvimento e geração de bem-estar e riquezas para o país. Rebecca: Isso mesmo! Você está falando sobre o “ensino”, que é um dos pilares da universidade pública. Mas a universidade pública é composta por mais dois pilares: a pesquisa científica, que é a precursora do desenvolvimento do país, provendo tecnologias, patentes e estratégias, que vão desde a descoberta de um medicamento até a elaboração de planos de inclusão social; e a extensão, que através do trabalho prático dos alunos com professores e funcionários, presta serviços para a população em geral, oferece cursos e mais uma ampla gama de atividades. João: Eu sou o João Bortolazzo. Rebecca: Eu sou a Rebecca Crepaldi. João: E, no episódio de hoje, nós vamos falar sobre a importância da extensão universitária, para o que ela serve, quem faz e quem participa dessas ações. Rebecca: Para tratar desse tema, entrevistamos os alunos Vitória Feijó Macedo e João Gabriel Pimentel, que fazem parte da Empresa Júnior EPR Consultoria da Universidade Federal do Rio Grande do Sul; também conversamos com a Professora Maria Cristina Crispim, do projeto de extensão “Fossas Ecológicas”, da Universidade Federal da Paraíba. Além disso, falamos com a doutoranda Luana Viana, que é chefe da divisão de rádio da Universidade Federal de Ouro Preto e coordenadora do projeto “Pequenos Ouvintes”; por fim, conversamos com a Pró-reitora de Extensão, Cultura e Assuntos Comunitários, Maria Santana Milhomem, responsável pelo “Cursinho Popular da Universidade Federal do Tocantins”. João: Segundo o Artigo 206, parágrafo segundo, “O ensino será ministrado com base nos seguintes princípios: liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a arte e o saber”. Já no Artigo 207, a Constituição define que “As universidades gozam de autonomia didático-científica, administrativa e de gestão financeira e patrimonial, e” que “obedecerão ao princípio de indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão”. Rebecca: Em outras palavras, isso significa que a universidade deve ensinar, realizar pesquisas em todas as áreas do conhecimento e estender para a população o produto dessas ações, mantendo o interesse público e coletivo como característica principal.