#85 Exosqueleto revoluciona tratamento de pacientes de AVC

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Aparelho criado no Brasil traz recuperação mais rápida para e eficiente  para casos de AVC Após passar por um AVC (Acidente Vascular Cerebral), também chamado  popularmente de derrame, a maior dificuldade de um paciente é a  recuperação. Isso acontece porque esse tipo de acidente pode deixar  sequelas como a limitação ou perda dos movimentos.  De acordo com o Ministério da Saúde, todos os anos 100 mil brasileiros  morrem em no país por causa do AVC. Apesar de atingir com mais  frequência quem está acima dos 60 anos, o AVC pode ocorrer em qualquer  idade. Pesquisas apontam um crescimento na incidência de AVC nas pessoas  com menos de 45 anos, o que provavelmente se deve ao atual estilo de  vida urbana. Além disso, o AVC é a primeira causa de incapacidade no  Brasil. Por isso, as pesquisas de alternativas de recuperação e  tratamento são muito importantes. Pensando em como recuperar as habilidades motoras, pesquisadores da  Escola de Engenharia de São Carlos da Universidade de São Paulo  desenvolveram um exoesqueleto robótico. O exoesqueleto foi desenvolvido como um auxílio dos profissionais da  saúde no tratamento das vítimas de AVC. Baseado na força que o paciente  faz durante um exercício, o equipamento identifica com precisão em qual  parte do membro inferior ele apresenta mais dificuldades..  Segundo Adriano Almeida Gonçalves Siqueira, coordenador do trabalho e  professor do Departamento de Engenharia Mecânica da Escola de Engenharia  de São Carlos, “um dos diferenciais do exoesqueleto em relação aos  disponíveis no mercado é que ele pode ser configurado para tratar  simultaneamente uma ou mais articulações da perna do paciente como  tornozelo, joelho e quadril. Com essa possibilidade, nós conseguimos  proporcionar ao usuário uma recuperação muito mais rápida e eficiente”. Os movimentos do Exoesqueleto Modular de Membros Inferiores (EMMI) são  controlados por algoritmos que medem a força que o paciente usa nas  pernas, definindo como deve ser a ação do equipamento e auxiliando em  tarefas como sentar, levantar, subir e descer escadas. O aparelho pesa  cerca de 11 kg e é fixado no tronco do paciente por meio de um cinto.  Ele possui sensores de força e motores que impulsionam o movimento.  Dessa forma, o aparelho atua automaticamente na região afetada e permite  que o usuário complete o movimento, o que seria impossível sem esse  "empurrãozinho". Durante os testes feitos com uma pessoa saudável em cima de uma esteira  elétrica, os resultados indicaram estabilidade e segurança do contato  entre o ser humano e o robô, além de alto desempenho na transmissão dos  dados referentes à força exercida pelo usuário. O aparelho também  ajustou o nível de assistência necessária. E o mais importante: é uma  pesquisa 100% nacional.