#93 Os mistérios de Marte

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Em 22 de fevereiro, a sonda Perseverance, da NASA, a agência espacial  americana, pousou em Marte. O objetivo da missão é buscar indícios de  vida antiga no planeta vermelho.  A Perseverance tem como alvo o antigo  leito de um lago, com 45 quilômetros de largura, e é o local mais  desafiador por que uma nave da Nasa já passou em Marte. Em vez de plano e  liso, está repleto de dunas de areia, chamadas barcanas, penhascos e  pequenas crateras. A sonda possui adaptações para ajudá-la a navegar por  esses obstáculos.  Para poder se movimentar de maneira autônoma em um terreno tão  acidentado, foram necessários anos de pesquisa em diversas áreas. E o  Brasil tem participação no estudo de um elemento importante da geografia  marciana: a formação das dunas.  As barcanas são dunas de areia no formato de lua crescente. Elas podem  aparecer em diversos ambientes, desde o interior de tubulações de água e  fundos de rio, onde apresentam tamanhos de até 10 centímetros, até em  desertos terrestres, onde excedem 100 metros. E também estão na  superfície de Marte, onde alcançam extensões de um quilômetro ou mais.  As menores podem se formar em poucos minutos e as maiores em até  centenas de anos, como no caso marciano.   Elas são formadas pela interação entre o escoamento de um fluido, que  pode ser gasoso ou líquido, e um material granular, normalmente areia.  Apesar das diferenças de escala, as barcanas tem dinâmicas de formação e  interação muito parecidas. Isso possibilita que o estudo em laboratório  gere modelos sobre a evolução das dunas dos Lençóis Maranhenses ou  saber como se constituiu o relevo de Marte.  E é exatamente isso que um grupo de pesquisadores brasileiros está  fazendo. Confira aqui neste episódio, com informações da Agência FAPESP.