A economia mundial nunca mais será como antes, com Paulo Feldmann

Share:

Listens: 0

Brasil Latino

Miscellaneous


(PT)  Em entrevista ao Brasil Latino, no dia 18 de maio, o professor Paulo Feldmann, da Faculdade de Economia e Administração da Universidade de São Paulo, diz que a produção nacional terá muito mais peso do que o atual processo de terceirização ou de importação que tem caracterizado o comércio mundial. A pandemia pode mudar completamente essa relação de dependência. Para ele, o Brasil tem uma grande chance de sair bem da crise econômica porque possui um grande mercado interno. Restará tomar decisões políticas ousadas como a taxação sobre as grandes fortunas e oferecer maior garantia jurídica para os investimentos externos. Outro fator que segundo Feldmann precisará ser superado é a baixa qualificação da mão de obra nacional. Um trabalhador brasileiro produz de 4 a 5 vezes menos que um operário norte-americano ou sul-coreano. Mas, isso, adverte ele, não é culpa do trabalhador e sim das condições tecnológicas nas quais ele opera. “O Brasil dispõe de máquinas ultrapassadas em seu parque industrial, equipamentos que já não são usados há mais de 25 anos nos Estados Unidos e é esse investimento que precisa ser feito para resgatar a nossa soberania”, afirma. (ES) En el programa Brasil Latino del 18 de mayo, el profesor Paulo Feldmann, de la Facultad de Economía y Administración de la Universidad de São Paulo, dice que la producción nacional tendrá mucho más peso que el actual proceso de subcontratación o importación que ha caracterizó el comercio mundial. La pandemia puede cambiar completamente esta relación de dependencia. Para él, Brasil tiene grandes posibilidades de salir bien de la crisis económica porque tiene un gran mercado interno. Quedará por tomar decisiones políticas audaces como la tributación de grandes fortunas y ofrecer mayores garantías legales para las inversiones extranjeras. Otro factor que según Feldmann deberá superarse es la baja calificación de la fuerza laboral nacional. Un trabajador brasileño produce de 4 a 5 veces menos que un trabajador estadounidense o surcoreano. Pero esto, advierte, no es culpa del trabajador, sino de las condiciones tecnológicas en las que opera. "Brasil tiene máquinas obsoletas en su parque industrial, equipos que no se utilizan en Estados Unidos desde hace más de 25 años y es esta inversión la que hay que hacer para rescatar nuestra soberanía", dice.