"Bacurau", cinema de gênero e resistência

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Ainda que “Bacurau” pareça um filme feito para o nossos dias, ele retrata uma situação que sempre existiu, não só no Brasil, mas no mundo todo, onde grupos poderosos passam por cima dos mais vulneráveis em nome de um progresso que só perpetua seus privilégios. “Bacurau” resiste, não apenas a um Brasil que mata seu povo com tiros a esmo nas favelas do país. Resiste, não apenas a um Brasil que mata seu povo de fome e finge que nada acontece. Resiste, não apenas a um Brasil que mata seu povo pelo preconceito, pelo racismo, pela machismo e pela homofobia. Resiste, não apenas a um Brasil que mata seu povo ao promover uma guerra às drogas onde o preto pobre morre mas o branco rico continua comprando sua droga sem grandes incômodos. Mas também resiste a um Brasil que quer acabar com a cultura, tirando a voz desse povo que não quer e nem vai se calar. “Bacurau” resiste, por que nós também resistimos. Roteiro, Narração, Edição e Montagem: Fernando Machado Ouça-nos no Spotify Materiais utilizados no episódio: #12: "Bacurau" parte 2 (sem spoilers) - Kleber Mendonça Filho, cineasta O novo cinema de terror no Brasil: Diretores e produtores debatem preconceito, bilheteria e identidade nacional:  Bacurau é um filme de resistência, defendem os diretores Kleber Mendonça e Juliano Dornelles:  Trilha Sonora: Música: "Réquiem para Matraga" /  Artista: Geraldo Vandré Música: "Night"  / Artista: John Carpenter Música: "The Thing"  / Artista: The City of Prague Philharmonic Orchestra / Compositores: Ennio Morricone