Bolsonaro e Telegram: as ameaças no radar do TSE

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Ao Ponto (podcast do jornal O Globo)

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Na semana passada, na live semanal do presidente Jair Bolsonaro, sobraram palavras como "auditagem" e "contagem pública de votos". Bolsonaro retomou sua rotina de insinuações quanto à lisura do sistema de votação brasileiro. A mais recente afirma que o representante das Forças Armadas, em um grupo criado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para ampliar a transparência do processo, teria encontrado diversas vulnerabilidades na urna eletrônica. A afirmação, no entanto, foi contestada pelo tribunal e por seu presidente, o ministro Luís Roberto Barroso, que deu uma dura resposta ao presidente. Em entrevista ao GLOBO, Barroso afirmou que Bolsonaro "queimou a largada" de sua estratégia para a campanha. "Ele não precisa de fatos. A mentira já está pronta", afirmou. Na verdade, as movimentações do presidente se revelam como uma das principais fontes de atenção da Justiça Eleitoral. A outra, que preocupa bastante, é a atuação do Telegram, o aplicativo de mensagens que não tem representante oficial no Brasil e que não responde às comunicações do TSE, mas que reúne milhares de pessoas, potencialmente expostas às fake news. No que diz respeito às alegações do presidente, Barroso explicou que o representante da Força elaborou perguntas, que devem ser respondidas ainda esta semana, Mas, segundo o presidente do TSE, até o momento, nenhuma vulnerabilidade foi apontada. No caso do Telegram, a Corte espera pela aprovação de um projeto de lei que faça com que a plataforma tenha representante legal e cumpra as regras do país. Porém, como esse é um cenário improvável, espera-se que a atuação da empresa estrangeira seja questionada judicialmente. E medidas como a suspensão do aplicativo não estão descartadas. No Ao Ponto desta terça-feira, a repórter Mariana Muniz analisa como o TSE monitora os riscos nessas duas frentes. Ela ainda conta de que forma ocorre a atuação das Forças Armadas, citadas pelo presidente, no processo eleitoral e qual é a disposição da Corte para adotar medidas drásticas contra o Telegram diante do risco de uso irregular do aplicativo de mensagens.