NÓS, E NOSSOS TRAUMAS || Celebração em Família On Line || Com Victor Lafayett

Share:

Listens: 0

Casa do Pai Igreja Cristã

Religion & Spirituality


Palavra ministrada pelo Bp. Victor Lafayett, em 14/06/20, na Celebração em Família On Line, da Casa do Pai Igreja Cristã, falando sobre Noemi, sogra de Ruth. Conheça também nossas redes sociais:  facebook.com/casadopaiigrejacrista  instagram.com/casadopaiigreja  play.spotify.com/casa do pai igreja crista  twitter.com/casadopaiigreja   SEJA GENEROSO! BANCO BRADESCO  Ag. 2236 Conta Corrente 11408-1  CNPJ 25.267.241/0001-22 - CASA DO PAI IGREJA CRISTÃ   Noemi se tornou numa mulher amarga, rotulando-se, ela mesma, de amarga...    “Porém ela lhes dizia: Não me chameis Noemi; chamai-me Mara, porque grande amargura me tem dado o Todo-Poderoso. Ditosa eu parti, porém o SENHOR me fez voltar pobre; por que, pois, me chamareis Noemi, visto que o SENHOR se manifestou contra mim e o Todo-Poderoso me tem afligido?”  Noemi menciona dois dos nomes de Deus, duas vezes cada, a fim de tirar algumas conclusões a respeito da sua atividade providencial. Primeiro, ela usa o nome Shadai, que faz referência ao poder soberano de Deus sobre todas as coisas. A convicção de Noemi era que Deus havia exercido seu poder sobre a sua vida para tornar a sua vida amarga, sem brilho e sem sentido.  Para ela, ao usar seu poder Deus a havia atacado com um mal terrível, como a uma inimiga. Segundo, ela usa o nome pactual de Deus, Yahweh, que possivelmente evoque a ideia de que o Senhor havia enviado sobre ela as maldições pactuais de Deuteronômio 28. No seu entendimento, tudo se tratava de uma vingança da parte de Deus, em virtude da infidelidade de seu marido e filhos. Não havia nenhuma empatia pelo seu sofrimento, nenhuma compaixão.  O fato, é que a amargura lançou raízes profundas no coração de Noemi. É importante entender que Noemi se encontrava irada contra Deus, afinal de contas, “a amargura é a ira internalizada”. Há quem entenda que Noemi não errou, que sua atitude foi uma demonstração legítima de honestidade acerca dos seus sofrimentos e que ela era verdadeiramente uma crente. Não há dúvidas de que Noemi possuía uma compreensão acerca da providência divina sobre sua vida. Ninguém questiona o fato de ela crer em Deus. Não obstante, o ponto a ser destacado é que ela, em momento algum, dirigiu uma oração ao Senhor, derramando diante dele a sua dor e a sua aflição. Diferentemente dos lamentos que encontramos no livro dos Salmos e em Lamentações, Noemi não orou a Deus. Antes, ela se limitou a se queixar de Deus para suas noras, numa clara demonstração de amargura, de ira entesourada em seu coração contra o Senhor.  Sua amargura fez com que aconselhasse suas noras a retornarem aos seus falsos deuses moabitas: “Disse Noemi: Eis que tua cunhada voltou ao seu povo e aos seus deuses; também tu, volta após tua cunhada” (v. 15; cf. vv. 8,11,12). Para ela, Yahweh em nada era diferente dos outros deuses.  Na verdade, as palavras de Noemi deixam transparecer que havia mais segurança em retornar aos deuses tribais de Moabe do que em confiar em Yahweh. Assim, sua amargura a fez quebrar o primeiro mandamento.