O que move a criação das federações partidárias?

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Ao Ponto (podcast do jornal O Globo)

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De um lado, a conversa ocorre entre PT, PSB, PCdoB e PV. Do outro, a principal costura envolve o União Brasil, partido que nasceu da fusão do DEM com o PSL, o MDB e, inclusive, o PSDB. Todas essas legendas fazem as contas, tanto das chances de vitórias em disputas regionais quanto do dinheiro que chegará às diferentes campanhas, para saber se vale a pena ou não formar a chamada federação partidária , aprovada pelo Congresso em 2021. Porém, a decisão não é simples. A partir do momento em que a federação for homologada pelo Tribunal Superior Eleitoral, os partidos membros terão que ficar abraçados por, no mínimo, quatro anos. Durante esse período, eles funcionarão uma única legenda, inclusive nas eleições para prefeitos e vereadores de 2024. Em disputas estaduais ou municipais em todo o país, candidatos da mesma federação não poderão se enfrentar, o que dificulta ainda mais as negociações. O desafio é tanto que o presidente do TSE, o ministro Luís Roberto Barroso, ampliou até maio o prazo final para que as legendas decidam o que fazer. No Ao Ponto desta segunda-feira, o cientista político e professor do Insper Carlos Melo explica de que forma funcionam as federações partidárias e o que acontece com as legendas que assumirem esse compromisso e, mais tarde, desistirem do acordo. Ele também avalia as diferenças para as coligações e quais são os principais obstáculos para que as siglas embarquem nas federações. Melo ainda projeta como esse instrumento pode facilitar a governabilidade a partir do ano que vem.