Os ataques de tubarão e o futuro de Fernando de Noronha

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Ao Ponto (podcast do jornal O Globo)

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Até 2015, o convívio entre as pessoas e os tubarões em Fernando de Noronha era marcado pela absoluta harmonia. Mas, a partir daquele ano, os incidentes com o animal, rotineiramente avistado em praias do arquipélago, passaram a alertar os pesquisadores. Os dados mais atualizados apontam para a ocorrência de nove casos nesse período. O último e mais grave envolveu uma menina de oito anos, que teve a perna amputada após ter sido atacada enquanto se banhava em uma das praias mais badaladas da ilha. Os tubarões sempre estiveram por lá. E são várias as espécies, como o tubarão-limão e o tubarão-lixa, o que é um super atrativo para o turismo, além do tubarão-tigre, o maior de todos e que foi identificado como autor de último e grave ataque. A diferença, agora, é que eles estão sendo vistos com mais frequência perto das praias. E as praias estão cada vez mais cheias de banhistas. Até o início da pandemia, o fluxo de turistas vinha aumentando ano a ano. E, após o afrouxamento das restrições provocadas pelas medidas de controle sanitário, as atividades em Fernando de Noronha ganharam novo fôlego. No Ao Ponto desta sexta-feira, o pesquisador Jonas Rodrigues, da Universidade Federal Rural de Pernambuco e que atua na investigação dos incidentes em Fernando de Noronha, explica por qual razão os encontros com tubarões e os ataques têm sido mais frequentes. Ele também analisa como essa situação pode prejudicar o futuro do turismo no arquipélago, um dos mais belos destinos do planeta, e indica as ações que podem assegurar um bom convívio entre turistas e animais marinhos.