Retrato #38 - Quando o CV não mostra o essencial, com Marcel Lotufo

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Com 30 e poucos anos, o empreendedor Marcel Lotufo tinha um currículo um tanto heterodoxo. Formado em administração, ele havia trabalhado em uma grande empresa de seguros, atuado como headhunter, vendido algodão em Singapura e na China (percorrendo, para isso, 500 quilômetros por dia visitando fazendas) e criado uma cachaçaria, daquelas com mel e limão. "A maior parte do recrutamento das empresas é baseado em currículo. E, no meu caso, sou o oposto disso", ele diz. "Aos 30 e tantos, com o meu CV, não seria chamado nem para a entrevista." Depois de muito bater a cabeça, sem fazer o que gostava de fato, e sentir na pele o viés nas contratações – ou seja, o peso que ainda tem o currículo, e não as habilidades e características comportamentais que o profissional carrega –, ele resolveu empreender. E criou a Kenoby, uma startup – veja você – de recrutamento e seleção. Com a metodologia, pretende ajudar as empresas nas contratações, sem levar em conta o viés. Neste bate papo com a editora Cláudia de Castro Lima, ele fala sobre a cobrança que ele próprio se impunha para achar um rumo, os dias em que não queria levantar da cama e a montanha-russa de sensações entre a esperança em um novo emprego e a decepção.