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A perspectiva para a energia nuclear no processo de descarbonização da indústria global é o tema do sexto episódio da terceira temporada do MegaCast Convida. Para falar sobre o assunto, o jornalista Rodrigo Polito conversou com Leonam dos Santos Guimarães, presidente da Eletronuclear, braço de geração de energia nuclear do grupo Eletrobras, e um dos principais especialistas sobre o tema no país.O executivo retornou recentemente de Viena, na Áustria, onde participou da 65ª conferência-geral da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA). O evento, segundo ele, marcou uma mudança de postura da agência, sob o comando do argentino Rafael Grossi, que pretende fomentar a energia nuclear para geração de eletricidade e as aplicações nucleares em geral. Em paralelo, foi criado o Grupo de Viena, que reúne 14 empresas globais que atuam no setor de energia nuclear, entre elas a Eletronuclear, e que tem como principal objetivo coordenar ações no sentido de ampliar e reforçar o papel da energia nuclear no processo de descarbonização.“A presença da Eletronuclear no Grupo de Viena ressalta a importância e o papel ativo que o Brasil desempenha no setor global”, afirmou Guimarães.Na conversa, o executivo também comentou as perspectivas para o setor de energia nuclear no Brasil, com a perspectiva de adição de 8 a 10 gigawatts (GW) de capacidade de novas usinas no país até 2050.Ele ainda falou sobre os planos para a retomada da construção da usina nuclear de Angra 3 e o processo de privatização da Eletrobras, com a segregação da Eletronuclear e da parte brasileira de Itaipu, que passarão a ser controladas pela ENBpar, estatal criada pelo presidente Jair Bolsonaro.