EUA e Europa preparam pacote de sanções contra Moscou em caso de invasão da Ucrânia

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O Mundo Agora

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Uma invasão russa na Ucrânia pode ainda levar semanas, meses ou até mesmo nunca acontecer. De qualquer forma, já nos encontramos no estágio do planejamento dos detalhes. Se por um lado a Rússia vem preparando toda a logística necessária para uma eventual invasão a partir de diversos pontos na fronteira leste ucraniana, os Estados Unidos já discutem no Congresso um pacote de sanções contra Moscou. Thiago de Aragão, de Washington Esse pacote, já vem sendo chamado de “a mãe de todas as sanções”, e inclui sanções contra bancos russos (Gazprombank, Sberbank, entre outros), o Fundo Russo de Investimentos Diretos, e possivelmente contra o Nordstream (gasoduto utilizado para exportar gás natural para a Europa).  Já o Reino Unido, prepara um pacote de sanções contra oligarcas russos, no intuito de levá-los a pressionar o governo de Vladimir Putin a abandonar a aventura da invasão. A União Europeia segue analisando quais das sanções americanas e britânicas seriam adotadas e incorporadas.  Washington vem analisando minuto a minuto o desenrolar da crise no leste europeu. Não há consenso sobre a forma como a invasão ocorreria, quando a invasão ocorreria ou mesmo se haverá invasão. Formadores de opinião de alguns think tanks da capital americana entendem que a ocupação total da Ucrânia não é necessariamente algo factível. Por outro lado, entendem que logicamente faria sentido Moscou buscar conquistar um corredor (de aproximadamente 700km) que unificaria a Rússia até a península da Crimeia. Também há o entendimento de que a conquista e anexação definitiva da região leste de Donbass, onde se encontra a cidade industrial de Donetsk, poderia ser um objetivo claro. Afinal, essa região tem uma concentração maior de ucranianos que falam russo e que se sentem culturalmente mais ligados à Rússia do que à Ucrânia.  Cenários de guerra O presidente americano Joe Biden disse recentemente que o envio de tropas para o Leste Europeu é uma possibilidade real. No entanto, alertou que o número seria baixo e que seu apoio seria mais logístico do que prático. A Espanha enviou na última semana uma fragata para o Mar Negro e planeja enviar algumas aeronaves. Já a Dinamarca também enviou uma fragata para o Mar Báltico a fim de observar o desenrolar da crise na Ucrânia e seus impactos na Estonia e Lituânia. O presidente francês Emmanuel Macron persiste em assumir a liderança europeia nas negociações com a Rússia. Sua última conversa com Putin não produziu resultados. Assim, a possibilidade de envio de soldados franceses para a Romênia aumenta, apesar de não ter clareza (de nenhum lado) sobre a participação ou não de tropas europeias na defesa da Ucrânia, ao lado de tropas ucranianas.  Os próximos 30 dias serão chave. Podemos ter uma invasão cirúrgica, visando alvos específicos, como o corredor para a Crimeia. Podemos ter um acordo diplomático (cada vez mais distante) e a retirada de soldados da fronteira. Por fim, podemos ter o pior cenário de todos (e menos provável, no mar das suposições), que seria uma invasão total russa contra a o país que é o berço de sua civilização.  Clique no link acima para conferir a análise na íntegra