Os vereadores mortos na Baixada Fluminense

Share:

Listens: 0

O Assunto

News & Politics


No ano eleitoral de 2020 houve quase uma centena de assassinatos de políticos no Brasil. Em 2021, mesmo sem urnas, a violência continua solta. Embora disseminada pelo país, ela tem sido mais recorrente no conjunto de municípios que concentra quase 60% dos votantes do Rio de Janeiro. Na maior dessas cidades, Duque de Caxias, 3 dos 29 vereadores foram mortos apenas nos últimos 7 meses. Em conversa com Renata Lo Prete neste episódio, o repórter Luã Marinatto, do jornal Extra, detalha o caso de Sandro do Sindicato (Solidariedade), atingido por tiros de fuzil nesta quarta-feira, assim como os de Danilo do Mercado (MDB) e Quinzé (PL) - ocorridos, respectivamente, em março e setembro. Luã relata ainda a própria experiência de crescer temendo pela segurança da mãe, que foi vereadora em Nova Iguaçu. Participa também o sociólogo José Cláudio Souza Alves, autor do livro "Dos Barões ao Extermínio: Uma História da Violência na Baixada Fluminense". Ele explica a relação de muitos desses crimes com disputas por territórios e negócios, progressivamente controlados pelas milícias e pelo tráfico de drogas. Lembra que as milícias jamais teriam chegado ao atual patamar de domínio sem conexão direta com o Estado, do qual saem seus quadros. E aponta uma mudança alarmante de padrão no fato de haver tantos assassinatos de políticos mesmo longe do próximo ciclo eleitoral.